sexta-feira, 26 de setembro de 2008

UAB - Universidade Aberta do Brasil

Disciplina: História das Artes Visuais 1

Professoras: Maria Goretti Vulcão e Lisa Minari

Tutora: Renata

Turma: TA03

Aluna: Jamineide Néri da Silva

Tarefa: 16


EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS: PINTURA/ A POÉTICA VISUAL DA PAIZAGEM


Freqüentemente, em nossas vidas, precisamos fazer escolha e estas escolhas estão relacionadas às nossas experiências e, neste momento, por ser apaixonada pela flora brasileira, me propus a organizar este trabalho pondo em evidência pinturas paisagísticas de artistas brasileiros, que mais uma vez estarão nos dando a oportunidade de viajar, através da linguagem visual, para uma dimensão fantástica de nossa imaginação.
A exposição conta com vinte obras componentes desta pinacoteca virtual. A cronologia não segue uma linha do tempo porque não foi possível obter informações suficientes para construir esse elemento informativo. Esse evento é resultado de aprendizagens no exercício do entendimento do que é curadoria, realizado na disciplina do Curso de Artes, oferecido pela Universidade Federal de Brasília, através do sistema EAD, na modalidade Teatro, sob a mediação da professora Renata.
Neste evento virtual estarão expostos os trabalhos dos seguintes artistas: Moramgani( um artista em ascensão indiferente a modismo, sua obra demonstra toda sua autenticidade, suas técnicas e cores revelam seu dom e amor pela arte), Barbara Rochlitz ( pinta um Brasil harmonioso, de um jeito que ela gostaria que fosse), Júlio César Brigato( diversas de suas obras estão espalhadas em coleções particulares por todo o estado de São Paulo),Levy Pinotti( sem biografia ) Francisco Gonzáles( artista muito ativo em relação a eventos relacionados a artes plásticas - pintura, decoração e gravação. Ema 1944 realizou sua primeira exposição individual. Teve ativa participação na criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo), Francisco Calixto( expôs em diversos salões recebendo honrarias e mansões, foi selecionado para as recentes exposições do Salão Paulista de Belas Artes, participa de acervos de colecionadores no Brasil e no exterior), Fúlvio Pennachi( expressa o cotidiano com lirismo), José Antonio da Silva ( trabalhador rural, primitivista, teve como tema constante em suas telas o ambiente rural), Benedito Luizi( consegue mergulhar profundamente na natureza e retratá-la em sua obra) Fernando P( sem biografia), Candido Oliveira( em seus trabalhos fica evidente a verdade, é uma pintura que agrada), Carybe Hector( suas habilidades são demonstradas através da pintura, gravura, desenho, cerâmica, escultura e murais), Ângelo Simone(pintor, poeta, escritor e professor), Sônia Minna Barreto( de 1974-1980, participou de Salões de Artes Plásticas em diversas cidades, tendo sido várias vezes premiada. Felisberto Ranzini ( foi professor de composição decorativa da Escola Politécnica de São Paulo e recebeu menções honrosas no 9º Salão Paulista de Belas Artes), Lucia Fraga( suas pinturas retratam flores, mar e paisagens), Renote e Regina Cerávolo( sem biografia0.
A proposta de organização desta exposição nos deu a oportunidade de estabelecer o que chamam de transposição didática, porque possibilitou a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o curso, principalmente no que se refere à linguagem visual e sua poética com as quais tivemos contato ao realizar as tarefas de observação e análise de pinturas, fotografias, gravuras e outras imagens digitais. Ao realizar uma investigação cuidadosa via internet, fomos percebendo, através da observação, a relação dialógica entre as obras escolhidas e , seus artistas e as obras estudadas na disciplina.

Lucília Fraga (1895-1979)
Marinha
ost 20x40 acid

Renot
Casario da cidade alta
ost 40x50 acsd

Regina Cerávolo (1954)
Árvores secas
téc. mista 39x46 acid 1986

Carybé, Hector (1911-1997)
Arrastão
serigrafia 42/200 50x70 acid

Carybé, Hector (1911-1997)
Sertão
serigrafia 125/190 70x100 acid

Angelo Simeone (1899-1974)
Paisagem
ost 50x60,5 acie

Sônia Menna Barreto (1953) Lápis de Tróia
giclée/tela 3/300 44x57 2003 c/ certificado (doação para ASSISBRAC

Felisberto Ranzini (1881-1976)
Paisagem c/ casario
aquarela 22x28 acid 2/7/1937 Loc. São Paulo

Benedito Luizi (1933)
Raio de Sol - Petropólis
ost 80x60 acid 1985

Fernando P
Folhagem
ost 65x54 acid

Candido Oliveira (1961)
Veneza
ost 120x160 acid

Candido Oliveira (1961)
Paris
ost 120x160 acid

Candido Oliveira (1961)
Colhendo flores
ost 120x160 acid

Rebolo, Francisco Gonzáles (1902 - 1980)
Paisagem com casa
Técnica mista 35x50 acid

Francisco Calixto (1936)
Praia de Maresias SP
osp 20x60 acid 2008

Fúlvio Pennacchi (1905-1992)
Figuras
ost 35x70 acid 1980

José Antonio da Silva (1909-1996)
Paisagem com casa
ost 19x30 acie 1983

José Antonio da Silva (1909-1996)
Ninguém pode com o bicho homem

Maramgoní (1972)
Centro Paulistano obra n° 2046
ost 50x50 acie 2008 c/ certificado do artista

Barbara Rochlitz (1941)
Ciranda
ost 20x40 acid 1985

Júlio César Brigato
Subindo no pau de Sebo
ost 50x40 acid 2008

Levy Pinotti
A última árvore
ost 60x50 acid

sábado, 6 de setembro de 2008

Descrição de imagem Sebastião Salgado

01- Biografia de Sebastião Salgado

Sebastião Ribeiro Salgado, nascido em 1944 – Aimoré/Minas Gerais, filho de pecuarista, estudou Economia no Brasil entre 1964 e 67; fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após concluir os estudos para o doutorado em economia pela universidade de Paris, em 1971 trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973.
Em 1973, viaja para a África e leva consigo, emprestado de sua mulher, uma câmera fotográfica, registrou imagens que o impressionaram e levaram-no a trocar a economia pela fotografia, e a partir desse momento passou a trabalhar para empresas relacionadas ao trabalho com fotografia, dentre elas Sygma (1974 a 1975) e Gamma (1975 a 1979). Foi eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. Em Paris Salgado passou a viajar para cobrir acontecimentos como as Guerras em Angola, Saara Espanhol; seqüestro de israelitas em Entebble e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente passou a se dedicar a projetos de documentários mais elaborados e pessoais. Daí tornou-se internacionalmente reconhecido.
Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho.
Em 1994 fundou sua própria agencia de noticias, a imagem da Amazônia, que representa o fotógrafo em seu trabalho.


02 Fotografia de Sebastião Ribeiro Salgado


sebastião salgado ...
510 x 715 - 36k - jpgrataplas.wordpress.com

Podemos visualizar em primeiro plano, uma figura humana desnuda, de pé apoiada em um bastão. Na mão esquerda segura algo que não se pode definir. Em segundo plano se vê um tronco de arvore seco, morto. A areia branca do solo onde estão o homem e a árvore parece não oferecer qualquer possibilidade de vida vegetal ou animal. A figura humana presente na fotografia parece ser um adolescente, o que nos leva a determinar a faixa etária foram o rosto, as mãos, os pés e modo como está em pé. Observando o conjunto dos membros do corpo presente na foto vemos que o tórax apresenta uma desproporção entre o peito e o abdômen. O peito esquelético, o abdômen saliente como se tivesse recebido grande quantidade de alimento. O adolescente, de pé, olhos postos na direção do horizonte parece estar buscando visualizar algo que a muito tempo vem buscando achar.
Foi impactante ver a magreza, a nudez e o ambiente em que a pessoa representada na foto se encontra porque provocou uma sensação incômoda. Uma espécie de desespero, revolta e culpa. Desespero porque essa foto representa uma realidade cruel existente em muitos países africanos e eu e o mundo não fazemos nada por essa gente. A revolta vem porque durante a vida escolar, através da história, aprendemos que o continente africano sempre foi lesado, explorado, humilhado. Os desbravadores que passaram por lá só deixaram como herança a miséria e a discórdia. A culpa veio porque tantas vezes, diante do espelho, fico deprimida porque me sinto gorda, reclamo porque as roupas e os sapatos estão gastos, porque às vezes não tenho disponíveis as coisas que gosto de comer, porque não tenho um trocado para fazer uma viagem ou passeio, porque ainda não tenho um transporte próprio, porque o ônibus demora, porque a padaria fica a duas quadras da minha casa, porque às vezes tenho que ir ao mercado à pé. Quantas vezes reclamamos e não nos damos conta que ali, bem próximo de nós há pessoas que dariam tudo para desfrutar o que temos.
Após a leitura do livro texto e observar a fotografia escolhida, podemos dizer que bonito é aquilo que agrada aos olhos da maioria e que o belo vem a ser aquilo ( obra de arte) que além de ser agradável aos olhos desperta sentimentos agradáveis ou promove ações e reflexões. A foto é uma bela obra porque revela o talento do seu criador e proporciona ao observador sentimentos e reflexões que nos asseguram a nossa humanidade.